
Nesses momentos, eu não quero conselhos e nem que me venham com soluções mirabolantes. Tudo que eu preciso é de alguém sem palavras, que não venha com julgamentos, que apenas me acompanhasse em silêncio, mesmo que testemunhando o caos que sou agora. Às vezes a solidão me acalma, mas outras vezes ela pesa mais do que a minha própria dor, mesmo assim eu continuo, vou em frente, mas não sei como.
Às vezes, tudo que eu faço é só deixar o coração bater mais um dia, quem sabe o tempo passe e chegue um momento que tudo se acalme e eu possa me encontrar.
Não tenho respostas para tudo na minha vida, tampouco andei meus caminhos me guiando por mapas, mas acredito que há esperança de que um dia tudo em mim doa menos do que agora, mesmo sabendo que seguir em frente não é esquecer do meu passado, mas tenho que honrar o ontem que foi para mim uma escola, ainda que suas consequências possam ser doloridas.
Mesmo assim, não sei como, apenas continuo em frente, e muitas vezes embora não pareça, estar vivo apesar de tudo o que já vivi, para mim, é um milagre em si mesmo. Apesar de tudo.
®Jorge Bessa Simões
®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2025
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98
*Foto Extraída do Google Imagens.
®Todos os direitos reservados/2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário