
Tento meditar sobre minha vida já por muitos anos, mas o problema é que o resultado é zero, aliás, todos os meus resultados são iguais a zero.
Sinto que meu mundo está cinza já tem algum tempo, sinto que estou vivendo de um jeito meio que robotizado, fazendo aquilo que os outros esperam de mim, me esquecendo de viver as minhas vontades, de andar os meus caminhos, não os que escolhem para mim seguir, talvez por isso as coisas não tenha mais tanto sentido.
Nesse momento já é madrugada, o sono não me vem mais com a mesma facilidade da infância, assim aqui estou fazendo balanços de tudo que já vivi, e daquilo que eu gostaria de viver se pudesse satisfazer as minhas vontades, meu olhos doem, é quando acabo por adormecer, ah! como é bom poder dormir!
De repente toca o celular, já é manhãzinha de um outro dia, do outro lado da ligação alguém me diz: “É você? Então, você tem uns exames a fazer no hospital, posso confirmar sua presença?."
Olho no relógio e já é mais das seis e meia da manhã, então respondo: "Sim, já estou indo, já estou indo."
Depois de me levantar penso; "Acho que estou indo para o brejo, sinto tantas dores pelo corpo por causa das minhas enfermidades, mas de que adianta falar sobre elas se as dores não podem ser mostradas e tampouco vistas, e ai que tenho novas dores: As dores da incompreensão, do preconceito e dos pré-julgamentos daqueles que não acreditam ou entendem as dores que sinto.
Mas mesmo tudo não fazendo tanto sentido, tudo em mim lateja, mal consigo ficar sentado. Porém não posso me entregar aos olhares julgadores, assim tenho que andar.
E a vida que insiste em me mandar: “Ande!”. Desta forma, sigo em frente até o momento da minha saída desta vida, mesmo que nada mais me faça sentido.
®Jorge Bessa Simões
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