*"Cada um nós faz ou sente as coisas à sua maneira" (Crônica)

Mas, que sentimento é esse tão forte que torna as pessoas de uma forma única? É um tipo de sensação que não se aprende nos livros, tampouco aprendemos isso nas escolas, nem se explica em músicas ou filmes.
Na verdade, cada um de nós sente ou faz as coisas à sua maneira, é algo tão pessoal, que chega a ser tão intenso, que ninguém consegue resumir tudo isso numa definição certa.
Porém, tudo se baseia numa confiança pessoal, entretanto não é uma confiança cega, mas é daquela que me permite ser eu próprio, sem máscaras, mesmo quando essas coisas me doem.
Ao mesmo tempo o que faço ou sinto me permite ter aquela segurança que me dá coragem para continuar sendo verdadeiro, me lembrando sempre que ninguém é obrigado a acreditar em tudo que digo, para mim é uma questão de consciência, sempre busco ser honesto naquilo que faço, até mesmo nas conversas mais difíceis e doloridas.
Meus sentimentos me permitem ter um tipo de ligação que só existe entre pais e filhos, entre irmãos, sejam de sangue ou de fé, e até mesmo entre amigos que "sabem tudo um do outro", é uma ligação que nos faz proteger, cuidar e arriscar.
Esse meu sentir e o que faço, se traduz em conhecimento e confiança, principalmente no meu Deus Verdadeiro, então é isso que vale. Sendo assim, quem pode dizer que estou errado naquilo que acredito, ou que dentro do meu conhecimento busco fazer? Quem humanamente falando, tem o direito de julgar o que se passa no coração dos outros?
Só porque alguns não sentem as coisas da mesma maneira, isso não significa que o que se sente seja menos real que os sentimentos dos outros.
É por isso que sempre digo, "Quem sou eu para apontar o dedo e dizer o que está certo ou errado nos sentimentos dos outros?
Até porque seria arrogância da minha parte achar que compreendo tudo, pelo contrário, as vezes tenho que ter humildade e reconhecer quando estiver enganado.
Mas ao mesmo tempo, sei que qualquer um de nós sabe que a prestação de contas de cada ser humano, é, e será individual.
É por isso que não consigo encaixar algo tão profundo, e ao mesmo tempo tão assustador, numa caixinha de perfeição, porque no fundo, eu sou só eu e pronto.
Desta forma, desde que vim ao mundo, tem uma coisa que a vida me ensinou e eu aprendi, cada um de nós sente as coisas e vive à sua maneira, desde que não seja algo que vá contra os principios da "Palavra de Deus", e é isso que me basta.

®Jorge Bessa Simões

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