
Muitos a minha volta tão conhecidos e outros tantos estranhos fariam e fizeram, como ainda fazem, parte da minha vida, para todos os cantos que já tentei buscar refúgio, tinha histórias escondidas, algumas tão terríveis quanto as que vivi.
Mesmo assim sempre busquei viver e preservar os melhores anos de minha vida, porém os momentos mais trágicos vividos, continuam sendo cicatrizes visíveis nas minhas memórias, fiz poucos amigos, o que aliás me faz ver que, mal posso contar nos dedos de uma mão, muitos que me acompanharam, não foram os amigos que imaginava. Por isso nesse detalhe não tenho muito o que comemorar.
Mas enfim, agora, já bem mais próximo do fim da minha vida, vejo esse momento de maneira especial, porque chega a hora que é preciso olhar para trás e ver que, mesmo tendo passado por tudo que passei, posso dizer a muitos que não acreditaram em mim, ou ainda não acreditam, que eu venci. Embora na soma de tantas coisas, muitas sejam as tristezas e conflitos, felizmente, aconteceram bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade.
Sei que estou vivendo um momento em que é chegada a hora de esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados, ao mesmo tempo é o momento de agradecer àqueles que me impulsionaram adiante.
Quer dizer, é hora, mais do que nunca, de valorizar as pouquíssimas pessoas que permaneceram ao meu lado, nessa trajetória da minha vida, e de agradecer os conhecimentos adquiridos aqui, ainda que tenham sido conseguidos com muitas lágrimas e tantas cicatrizes, algumas que ainda sangram no choro do íntimo, pois está bem perto o momento da minha despedida.
®Jorge Bessa Simões
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