
Até porque sei que ao levantar qualquer problema, outros irão surgir, não queria que esse fosse mais um texto sobre problemas da vida.
Ah, talvez devesse levar em conta o futuro, já que não posso falar do que me atormenta, sem me preocupar com os tormentos diários e os fantasmas emocionais que me acompanham.
Chego a conclusão que muitas vezes por me apegar as pessoas acabo amando-as muito, e por consequência, me torno um pouco egoísta por não querer dividi-las com ninguém, tampouco penso na possibilidade de perdê-las.
Gostaria de pedir que não me vissem como alguém ruim ou o vilão da história, não sou assim tão mal como dizem alguns, porém sei que não sou compreendido por causa por causa das minhas palavras, até as escritas, sei dos meus defeitos e qualidades, mas sei lá..., não posso esconder meus sentimentos verdadeiros.
Por isso creio que por ser diferente, e por viver tudo de forma tão intensa é que eu sofro muito.
E é esse o problema em questão e que as vezes me perturba, o que me leva a escrever minhas memórias, mesmo as mais tristes, como já disse, não consigo esconder meus sentimentos, e não me sinto fraco quando os exponho, talvez seja isso que tanto amedronta as pessoas a minha volta, pois muitos tem medo quando sou verdadeiro, com isso acabo fazendo com que as pessoas se afastem de mim ou eu me afaste de tudo e todos.
Talvez seja por isso que não consigo construir pontes que possam suportar o peso da minha insegurança, assim acabo por construir muros onde tento buscar uma proteção para minhas necessidades de amar, de expor meus sentimentos, que eu fosse compreendido, pois gostaria de estar e ficar perto dos que amo, porém por medo das críticas e incompreenssões acabo me mantendo distante.
Assim, acabo por me condenar à uma solidão doída e tristonha que me tira as forças para lutar e me faz querer fugir, por vezes já pensei em abandonar meu corpo e meu coração, me esquecer de sentir por mim o que sinto pelos outros.
E é com os meus fantasmas emocionais do passado e os presentes, que estou sempre na busca da minha própria compreensão, tentando entender porque sou diferente.
Por outro lado me pergunto: "Que culpa tenho por ser diferente, afinal, não é isso que me torna alguém único?
®Jorge Bessa Simões
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