sábado, 31 de agosto de 2024

*"Sonhando você" (Poema)

As vezes tenho sonhado com você, sonhei anteontem, ontem e sonhei hoje, aliás, tenho sonhado com você todos os dias, nesse momento estou sonhando de novo.
As vezes me pergunto: "Até quando vou sonhar com você? Será que amanhã de novo? E nos dias seguintes?
Sei que não posso ter você comigo, pode ser que por isso eu sonhe acordado ou dormindo, não importa de que maneira ou quando, já nem sei mais o que é sonho ou realidade, tudo o que me importa é você, meu grande sonho.
Hoje quando sonhei com você, senti a sua falta, aliás como sempre sinto, com isso sinto saudades até de mim, e nessa saudades de você, sinto saudades de nós e saudades do que poderia ter sido a nossa felicidade e não foi, será que isso é um sonho ou se tornou um pesadelo que terei de sonhar o resto da minha vida? Não sei?!
O que sei é que sonho com o seu sorriso, e hoje, mais do que nunca senti a sua falta, a falta dos teus olhos e dos meus olhos nos seus, porque a falta do seu olhar e a falta da alegria no meu olhar.
Nos meus sonhos sinto o tanto que preciso de você, o quanto você me faz falta, quanto tempo não ouço você me dizer "amor meu".
E nos meus sonhos a falta do seu amor me traz a lembrança do tempo em que deixamos de nos falar, o que aumenta ainda mais a falta de ter você aqui comigo.
Sonho de tantas saudades de você, do seu carinho, da sua certeza, saudades do tempo em vi sua fotografia como menina, e da mulher que se transformou na mãe do filho teu, e de ser o filho seu, e dessa saudades de você, que para sempre será o amor meu.
Sonho, e ao sonhar com você sinto a falta de ouvir você me dizer: "que sou o amor seu", o filho que você amou desde o dia em que nasci, é por isso que sonhando com você, minha mãe, eu hoje mais uma vez senti a sua falta, como sempre sinto...

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

*"Quer saber quem eu sou?" (2) (Crônica)

Eu disse que seria um problema resumir quem eu sou em 2200 palavras, sabia que tinha de continuar escrevendo..., me acho uma pessoa simples, fico triste como todo mundo, mas me satisfaço com um bom livro ou escrevendo minhas poesias e poemas, não sou perfeito, ainda bem, porque se não fosse assim, eu seria completo e ser alguém completo não teria a menor graça no mundo que vivo, por isso tento melhorar meus erros e defeitos, não gosto de fazer mudanças bruscas, a não ser em meus conceitos e opiniões.
A vida me ensinou a aceitar as críticas e ouvir com atenção, por outro lado não me peçam para aceitar a “coleira” que já tentaram me colocar, tenho uma visão madura de tudo em que acredito, mas não posso concordar com aquilo que não aceito, nem me peçam para aceitá-las.
Sou detalhista, mas não chego a ser perfeccionista, é claro que gosto de tudo bem feito, procuro ser uma pessoa sincera, odeio mentiras, nem as aceito por brincadeira.
Não fui ou sou racista, preconceituoso, etnocêntrico, homofóbico ou xenófobo, sempre respeitei às outras pessoas, suas opiniões, seus modos diferentes de encarar a vida ou suas culturas diferentes. Não gosto de pessoas que falam o que não sabem ou reproduzem besteiras que ouviram com outros idiotas.
Tenho uma boa memória, até hoje nunca me esqueci de ninguém que tenha visto na minha vida, e guardo em minhas memórias tudo aquilo que já vivi ao lado de pessoas especiais que trago em minhas lembranças. Tento ser paciente, mas sou apressado quando o melhor seria ter paciência.
Me sinto inteligente, aliás às vezes até me acho chato por isso, mas prefiro ser assim, do que ser um idiota, tolo ou alienado, entretanto já me comportei como um completo imbecil.
Enfim, não vou me descrever mais, acho que já disse o que podia e que não podia sobre mim, diante do que escrevi façam suas escolhas, se quiserem ser meus amigos, bem! Se não? Amém!
Se não gosta de mim, o que é que eu vou fazer? Será mais um na fila, e olha que ela já é grande!
Acho que isso vai dar confusão, vou ter que jogar fora a folha do caderno onde escrevi tudo isso..., hahaha!

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

*"Quer saber quem eu sou?" (1) (Crônica)

Bem, vou tentar explicar quem eu sou, o problema é resumir tudo em 2200 palavras, mas vamos lá...,
Desde que nasci aprendi que se quisesse chegar em algum lugar teria que lutar muito, aprendi que algumas vezes teria de buscar as coisas que eu queria, sozinho.
Com isso sou um cara cheio de defeitos, manias e excentricidades, mas creio tenho algumas qualidades e virtudes, afinal a vida me ensinou que não posso ter uma opinião formada acerca de nada, embora digam que tenho sempre uma resposta sobre quase tudo na ponta da língua.
Como dizia um certo cantor dos anos 70, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante", ou seja, as vezes posso mudar meus conceitos e opiniões já que estou sempre aberto para ouvir as ideias alheias e, aceitá-las, se acaso forem plausíveis.
Nunca tive a intenção de ser pretensioso, muito menos arrogante, aliás, odeio pessoas com tais características, porém acho que algumas pessoas sejam idiotas, outras são tolas e muitas são alienadas, nesse ponto eu sou pessimista quando se trata do ser humano, por isso amo mais os cachorros que já tive do que certos "amigos", aliás, quer saber se alguém pode ser seu "amigo?". Deixa ele perto do seu cachorro e observe a reação, dependendo da reação é fácil identificar se a pessoa será seu "amigo" ou não.
Tenho a tendência de pensar que está tudo péssimo e que há muito para melhorar, não que eu seja negativista, mas não tenho esperanças para quase nada, talvez por ter aprendido a lutar pelos meus objetivos e torcer para que se realizem, nunca fui de ficar esperando que as soluções caíssem do céu.
Tive tantos sonhos menos palpáveis do que meus objetivos, aliás acho que sonhar sempre me ajudou a fugir da rotina, sempre tentei realizá-los, mas não consegui muitos, mas isso não é motivo para chorar, por isso comemoro por ter tentado.
Acho que é por isso que eu odeio uma vida sem questionamentos, até porque não dá para aceitar tudo o que os outros falam sem questionar, sem ser crítico as vezes, enfim..., tentar resumir quem eu sou em poucas palavras é difícil, vou ter que escrever mais...

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

*"Minha história continua" (Poema)

Daqui pra frente quero encontrar pessoas que venham a mim com o melhor que possam me dar para que eu também dê o melhor de mim, acredito em alegrias explosivas, amizades verdadeiras, olhares faiscantes e nos sorrisos que varrem qualquer tristeza e nos abraços que trazem harmonia para a vida da gente.
O meu tempo tem passado, algumas coisas ainda permanecem, mas nunca do mesmo jeito, a vida muda, os lugares são outros, as pessoas não são as mesmas a minha volta e eu não sou mais aquele menino que dormia embaixo das marquises vendo cenas na rua que me traziam as lágrimas, meus sentimentos não são os mesmos, muita coisa mudou.
O passado me mostrou um presente, talvez não seja o melhor que eu queria, mas pode ser que no futuro seja, esse é o propósito da vida, sei que não cheguei até aqui pra ficar do mesmo jeito, senão, não teria porque eu estar aqui.
Certas coisas não voltam atrás ainda que eu quisesse, o que importa são as coisas novas que chegam, sei que elas não vem com manual de instruções, por isso devo aprender com minhas escolhas, a vida não pára, e eu ainda tenho uma dura caminhada.
Sei que muitas vezes os erros continuarão me machucando, acertando ou errando, tudo é apenas uma preparação para os novos desafios que virão, aprendi a aceitar o passado e as circunstâncias da vida que não posso mudar, isso me traz um certo alívio e a paz de espírito que tanto procuro.
Tenho aprendido que a cada dia que passa, que tudo é um novo começo e me dá a oportunidade de olhar para frente com esperança, me afastando de tudo aquilo que me fez ou faz mal.
No presente, para ter um futuro melhor, encontrei um poder maior que me ajuda a caminhar por um novo caminho na vida, e tem me ajudado a enfrentar minhas situações e mesmo quando algo dá errado, sei que posso lançar mão dessa força para me ajudar a dizer o que deve ser dito e a fazer o que deve ser feito.
Esse poder está tão próximo de mim quanto a minha respiração, tenho a consciência que isso me fortalece a cada momento e me ajuda a escrever minha história, seja no passado, presente ou no futuro que me espera para vivê-lo eternamente.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

terça-feira, 27 de agosto de 2024

*"Uma história passada" (Poema)

Como eu disse; "foi ai que começou uma outra história", mesmo sendo apenas um menino, tive que aprender a lutar muito e muitas vezes sozinho para poder buscar uma força interior para me ajudar a fazer o que devia ser feito, a dizer tudo o que era preciso se dizer por não ter falado na hora que deveria ter dito.
Quantas vezes debaixo das marquises dos prédios ou das pontes onde tive que dormir, eu via cenas nas ruas que me arrancavam lágrimas, talvez por isso eu sou o que choro, tanto quanto gosto de ser o abraço inesperado que muitas vezes eu não tive, sempre que podia e posso, eu sou a força dada para o amigo que precisou, mas que no dia em que mais eu precisei dele sua força me foi negada.
O passado me ensinou a ter sensibilidade que em mim ainda grita, o carinho que busco muitas vezes sem encontrá-lo, me ensinou também a juntar os meus pedaços que ainda se juntam, mesmo depois de tanto tempo.
Eu sei que mesmo depois de tantas coisas vividas, boas ou ruins, posso ser a gargalhada de um momento triste e a tristeza de um momento de risos, posso ser o beijo dado e roubado no momento de um reencontro ou quem sabe numa despedida.
Ainda que eu me desnude deixando a mostra minhas cicatrizes, não guardo raiva de não ter alcançado tudo o que queria, porém, me sinto feliz com tudo que conquistei até aqui, mesmo que sinta a impotência de não conseguir mudar muitas coisas da minha história, mesmo que as vezes eu sinta o ódio que tudo isso me dá.
Por outro lado não posso deixar que certas coisas me aconteçam pela vontade dos outros, é por isso que eu sou a estrada por onde passa o meu presente, e assim eu sou o que penso, sou o que faço e o que ninguém vê, afinal a cada dia é um novo começo.
E a minha história continua...

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

*"Uma história do passado" (Poema)

Todas as vezes quando paro para pensar na vida, no que já fiz nela, de tudo que passei por escolhas minhas e outras não, me lembro das lições que aprendi e das muitas cicatrizes que ela me deu.
Muitas vezes ouço pessoas me dizerem que não posso viver no passado, é verdade, não posso mesmo! Mas com certeza terão que concordar comigo que não dá pra apagar o passado ou simplesmente esquecê-lo, já que ele é uma coisa que nos serve de espelho a todo instante em nossas vidas.
Afinal, o presente é um pouco do reflexo do passado e das muitas lições que nele eu aprendi para que no futuro possa tomar mais precauções nas minhas decisões e escolher o que for melhor a mim sem a interferência de outros, ainda que às vezes a vida não nos permita escolher.
É por isso que me sinto como os brinquedos que brinquei, os tantos segredos que guardei, sou o renascido da morte pelas muitas vezes que dela escapei, ainda me resinto daquele amor atordoado que vivi, me recordo da última conversa séria que tive com meu pai, e ao me lembrar do passado, me lembro que sou as minhas próprias recordações.
É por isso que eu sou a saudade que sinto da minha mãe, e quando dela me recordo, me lembro da minha infância e da dor que sinto por não ter dado certo tantas coisas que ela gostaria que eu fosse ou tivesse, porque sempre me recordo que em um certo momento da minha vida, fizeram escolhas por mim depois de terem permitido que minha infância fosse roubada.
Por isso tive que enfrentar aquela situação mesmo sendo apenas um menino, e depois das escolhas que me fizeram tudo passou a dar errado em minha vida, tive que aprender a lutar muito e muitas vezes sozinho para poder buscar uma força interior para me ajudar a fazer o que devia ser feito, e dizer tudo o que era preciso se dizer.
E foi ai que começou uma outra história...

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

domingo, 25 de agosto de 2024

*"Um ponto final na vida" (Poema)

Tem momentos na vida que me sinto solitário, e é nesse instante que eu faço a melhor critica de mim mesmo como pessoa, chego a ser severo comigo mesmo, com isso descubro o que é bom e o que não é.
Assim para que eu possa superar certas limitações que a vida me impõe, procuro descrever a mim mesmo escrevendo minhas histórias, talvez uma pessoa que não escreva uma única palavra sobre si, não saiba o quanto é bom poder se libertar daquilo que nos aflige, creio que seja uma forma de terapia mental e emocional.
Quando eu era criança costumava me lamentar por não saber como me expressar, mas quando via minha mãe escrevendo suas histórias falando sobre o que lhe acontecia de uma forma menos chocante do que a sua realidade, aquilo me enchia de coragem por sentir que era uma forma de libertação.
Foi então que descobri que ao menos esse dom eu tinha herdado dela, já que sabia escrever, não tinha um talento para escrever um livro, mas eu podia escrever de mim só para mim.
Mas eu queria mais que isso, tinha tantas lembranças, umas tristes e cheias de cicatrizes, outras alegres e felizes, histórias que não podiam ser esquecidas, eu precisava dedicar minhas experiências para alguma coisa, não queria sentir que tinha vivido tudo em vão como outras pessoas fazem por medo ou falta de coragem para dizer sobre si mesmas.
Acredito que escrevendo sobre algumas coisas, isso possa ser útil para as pessoas, mesmo aquelas que não conheço, que minhas palavras possam continuar vivas mesmo depois da minha morte, é por isso que sou grato a Deus por me ter dado este dom através da minha mãe para que eu pudesse usá-lo para me exprimir.
Ao escrever consigo me libertar das preocupações, minhas dores desaparecem, meu íntimo se reanima, porém, as vezes enfrento uma questão, será que ao escrever o que escrevo isso me tornar um escritor ou um poeta? Sei lá ?!
Longe disso que eu possa continuar escrevendo tudo que já vivi, mas acima disto, que eu consiga me sentir liberto das minhas piores lembranças, que em mim sobreviva só aquilo que me faça feliz, e que eu continue escrevendo até que a fria morte me coloque um ponto final na vida.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

*"Não tentem bagunçar meus sentimentos" (Poema)

Eu sou uma espécie de carta tediosa que poucos querem ler, sou um tanto complicado no que sinto ou com minhas palavras e até em certas atitudes, mas que posso fazer se esse é meu jeito de ser?
É claro que me sinto feliz, mas me sinto triste as vezes, alguns acham que sou cheio de mistérios e surpresas, mas os poucos que me conhecem bem, sabem que posso surpreender com algumas atitudes inesperadas, até porque não sou assim tão difícil, me ensinaram ser assim, percebi que as pessoas gostam do mais difícil e só dão valor ao que é difícil de se conquistar.
Aprendi com os anos que quando é para falar, devo falar, mesmo que algumas vezes fale até o que não devia, que é que posso fazer se não vim ao mundo para agradar a platéia.
Mas quando é para falar sobre o que sinto, só digo para quem entende como eu sou, fora disso guardo tudo no fundo de mim para que não saibam sobre meus sentimentos, alguns só vão ter o meu silêncio como resposta.
Não é que eu não possa dizer, é porque não sei como, me faltam palavras para descrever meus sentimentos, o que acaba por causar uma grande desordem no meu coração que já é bagunçado e teimoso, afinal, quantas vezes eu avisei para ele não se apaixonar, para não se iludir? Mas ninguém me ouve, não seria diferente com meu coração.
Porém só porque não digo o que sinto, não quer dizer que eu não sinta, sinto até mais do que deveria, sinto pena, vontade, raiva, dor, saudade, sinto amor por muitas pessoas que posso ou não ter por perto, é por isso que levo minha vida cumprindo apenas com minhas obrigações, respirando e sobrevivendo.
Quem já me viu em alguma rodinha de amigos ou família conversando, nunca imagina que escondo um coração quebrado, mas mesmo tendo meu coração assim, sempre gostei de sorrir, só não faço isso quando me roubam o riso que tinha reservado e que não me foi permitido demonstrá-lo.
Já sofri tanto na minha vida que eu não gostaria de sair de qualquer lugar sem poder me divertir, gosto de diversão e uma zuação, só não gosto que tentem bagunçar os meus sentimentos.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

*"Tudo sempre vive em mim" (Poema)

As vezes eu sou assim, tem horas em que grito, choro ou dou risadas do nada, vivo num conflito dentro de mim o tempo todo, por isso mostro ao mundo a minha dor, mas outras vezes, gosto de falar do amor, de ser romântico, ainda que digam que eu seja um tanto quanto melodramático, sei que muitas vezes sou nervoso e me sinto carente, mas não sou decadente, tampouco sou alguém vingativo ou inconsequente.
Mas quando menos percebo, me transformo em um homem cheio de medo, cheio de reservas, coberto de sutilezas, sério ou sem defesa, e no minuto seguinte, sou dono do mundo, seguro e destemido, altivo e atrevido, com isso rasgo meus segredos ao meio e exponho meu eu num roteiro de poesia ou textos.
As vezes quando me inflamo, conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que muitas vezes nem é bom me lembrar, ou seja, eu sou assim, vários eu em mim ao mesmo tempo, sorrisos por fora e angústias toda hora, dentro de mim vivo num intenso tormento, no meu rosto sempre sobram as marcas de algum sofrimento, trago no meu corpo cicatrizes expostas, mas as piores delas carrego no meu íntimo.
As vezes acho que o melhor era nem me conhecer, afinal, nem mesmo eu me conheço como gostaria, mas tente entender as minhas palavras, mesmo que na vida real eu seja bem mais complicado, sou mil em mim e quem tentou me desvendar, descobriu que viver ao meu lado muitas vezes é como viver dentro de um campo minado.
Quem já esteve ao meu lado, quis fugir e quem ficou comigo, pode ser que um dia veja tudo explodir, sei lá?!
Desde que vim ao mundo pelo nascimento, já vi a morte muitas vezes, a minha vida inteira já tive momentos de intensa alegria e sofrimento, mas mesmo assim, no final, eu creio que posso reconhecer que estou em tudo e que tudo sempre vive em mim.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

*"Minhas metades" (Poema)

As vezes não consigo me entender porque eu sou o próprio problema em pessoa, em tudo quase sempre comsigo ser uma incógnita em mim mesmo, na verdade me sinto como um grande ponto de interrogação e muitas vezes nem eu mesmo consigo me decifrar, tem momentos em que choro sem motivos, outras vezes riu mesmo em momentos difíceis, ou seja, por mais que eu tente ainda não consigo me entender.
Por mais que eu não queira me perco dentro de mim mesmo, acho que esse é um dos meus maiores defeitos, até porque eu sempre acho uma forma de fugir daquilo e daqueles que amo, não sei porque prefiro viver recluso no meu mundo obscuro onde nada nem ninguém pode escutar os meus gritos de dor.
Por outro lado por onde passo deixo sempre um pedacinho de mim, com isso aos poucos vou me desfazendo e novamente sinto que vou me perdendo.
Assim a minha vida toda vou seguindo me sentido sozinho trilhando meu caminho sem um rumo certo pelo qual andar, diante de tantos pré-julgamentos me sinto condenado a viver numa prisão perpétua dentro de mim mesmo onde as grades que me cercam é o meu próprio eu, não importa pra onde me vire, sempre dou de cara comigo mesmo.
Me vejo apenas como mais uma criatura querendo se entender, as vezes sonho em ser um pequeno pássaro que sonha com a liberdade ou uma onda que vem e vai deixando marcas na areia que sempre são apagadas pela onda seguinte, sinto que sou tantas coisas ao mesmo tempo que já nem sei ao certo quem realmente eu sou e muito menos pra onde vou.
É por isso que tudo que eu sei é que metade de mim é o que eu sou, e a outra metade? Bem a outra metade só quer ser o que eu nunca fui.

®Jorge Bessa Simões
(Baseado em Texto de Autoria Desconhecida)

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

terça-feira, 20 de agosto de 2024

*"Vários eus" (Poema)

Quem sou eu senão aquele que fui? Porém já me senti perdido nas sombras da ilusão acreditando que estava sendo guiado pelos passos invisíveis do amor.
Já fui julgado tantas vezes por coisas que nem fiz, ainda que reconheça os erros que cometi, as vezes sinto que sou odiado.
Por outro lado nos meus momentos mais difíceis na vida sinto que já fui salvo pelas mãos delicadas de anjos, por tantas vezes que fui reerguido, me senti mais forte e redimido de alguns pecados meus.
Acredito que ainda que eu não seja um anjo, e nem tenho tal pretensão, já salvei algumas pessoas na minha caminhada, até por justiça eu já lutei, e mesmo tendo me decepcionado, foi no amor que busquei novamente viver minhas alegrias.
Assim sei que posso ser alguém além daquele que quero ser, posso ser puro, sábio e ter meu espírito em paz, quem sabe até ser alguém justo, mesmo que por um instante, pois me sinto corajoso o suficiente para dizer que “as vezes eu tenho medo”.
Desse jeito eu sou aquele que está aqui, para alguns eu sou vários, menos este alguém que aqui já estava e jamais vou deixar de estar, ainda que eu saiba que um dia não estarei mais, mas até lá, eu vou ser cada vez mais o que eu quero ser.
Vou ser mudo e falar, vou cair e me reerguer, sumir e aparecer, vou bater também já que sempre apanho, mas não vou odiar já que desde pequeno aprendir amar.
Sei que no momento seguinte tudo será diferente já que busco o caminho da perfeição, mesmo sendo tão cheio de imperfeições, afinal eu sou o que você vê e o que eu quero mostrar.
E se você me olhar por alguns segundos pode ser que ainda verá vários “eus”, afinal, eu sou o que fui, o que sou e o que eu serei.

®Jorge Bessa Simões
(Baseado em Texto de Autoria Desconhecida)

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

domingo, 18 de agosto de 2024

*"Vou tentar explicar..." (Poema)

Já me perguntaram porque as vezes eu não volto atrás, então vou tentar explicar..., isso não significa que meu orgulho fala por mim, na verdade isso quer dizer que eu tenho amor próprio.
As vezes quando me emociono e choro, mas isso não quer dizer que eu seja fraco, na verdade me importo muito com todos a minha volta, é por isso que quando digo que os amo, mesmo sem saber qual será a resposta, isso não significa que estou me humilhando, na verdade me sinto forte o suficiente para dizer o que existe dentro de mim, não importa qual será a resposta que irão me dar.
Ainda que ao deitar minha cabeça no travesseiro outra vez eu chore, isso não quer dizer que eu esteja com saudade de um alguém, na verdade estou com saudade dos momentos que tive ao lado dos que eu amo.
Quando digo que não volto atrás, é porque se eu pudesse voltar atrás, eu faria tudo novamente, mesmo que pudesse me ferir do mesmo jeito, ou até mesmo pior.
Assim quando eu abro um sorriso, isso não significa que eu esteja bem, pelo contrário, na verdade não estou, se acaso eu não falar com ninguém, isso não significa que eu não sinta falta, na verdade o que me resta é uma esperança que alguém sinta a minha.
Eu luto todos os dias querendo acabar com essa dor, porque é uma dor que parece não ter fim! Mas quero acreditar que em algum lugar alguém poderá amar como eu amo todos a minha volta, que algum dia, qualquer dia, mesmo que demore, alguém irá perceber essa pessoa que perderam, espero que não seja tarde demais!
Já que isso eu não sei como explicar...

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

*"Se eu pudesse viver a minha vida outra vez" (Poema)

Se eu pudesse viver a minha vida outra vez, eu teria ido para a cama para descansar quando me sentia doente em vez de fingir que a terra pararia se eu não estivesse no trabalho por um dia.
Eu teria falado menos e ouvido mais, trataria de cometer mais erros, não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade, bem poucas coisas eu levaria tão a sério.
Eu teria convidado amigos para a mesa mesmo que o tapete ficasse manchado e o sofá precisasse ser limpo, comeria pipocas no quarto e não me preocuparia tanto com pó quando alguém acendesse uma fogueira no quintal de casa.
Eu teria tirado tempo para ouvir meu avô contando histórias da sua juventude, correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria os entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais nos rios, iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu nunca teria insistido em dirigir com os vidros do carro fechados num lindo dia de verão, só porque o meu cabelo estava recém penteado e arranjado, teria me deitado no jardim com a cabeça na grama e me lambuzado mais na lama em dias de chuva no quintal junto com meus filhos, teria chorado e rido menos assistindo TV e mais assistindo a vida.
Se pudesse viver minha vida outra vez, trataria de ter somente bons momentos, porque, se não sabem, disso é feito a vida: só de momentos. Por isso não percas o agora.
Mas, acima de tudo, para viver minha vida outra vez, eu valorizaria cada momento, eu olharia mesmo para ela para viver tudo isso, não ficaria mais tão nervoso com coisas mesquinhas e mesquinhas.
Não me preocuparia com quem não gosta de mim, ou melhor, não iria me importar com quem faz o quê, em vez disso, iria valorizar os amigos que tenho e as pessoas que me amam, e ao fazer isso todos os dias buscaria melhorar a minha mente, meu corpo e minhas emoções.
Só tem detalhe: Já tenho 70 anos praticamente e sei que estou morrendo e isso pode me acontecer a qualquer momento.

*Texto de Autoria Desconhecida

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

*"A dor no coração" (Poema)

Muitas vezes penso, como é dolorido sentir essa dor que agora sinto nesse meu coração machucado e partido, jamais me imaginei sentindo algo assim, sei que as vezes isso acontece em minha vida por causa de uma atitude impensada, uma reação indesejada ou até mesmo por tentar ser verdadeiro.
O que me entristece é sentir essa dor mesmo quando tento buscar mudar algumas dessas situações e depois continuar sentindo um aperto no peito tão grande a ponto de me faltar ar, de me tirar o plumo e me deixar perdido.
Acho impossível isso um dia parar de doer, de esquecer essa sensação que aos poucos me consome e me quebra por inteiro, pois nem tudo depende só de mim.
Sei que as vezes erro mesmo na busca dos acertos, porém não posso me permitir deixar de ser verdadeiro, sincero ou perder a minha essência para agradar a outros que não compreendem que nem tudo acontece só por minha causa, já que na maioria das vezes o que nos acontece é causado pelo efeito e reação, ou seja, tem que haver dois opostos.
Enfim, eu sigo firme, tentando manter o meu sorriso no rosto, remontando aquilo que me foi quebrado e tomando ainda mais cuidado pra não fazer o mesmo com alguém.
Aliás, assim como eu ninguém merece sentir a dor de um coração quebrantado como tenho sentido nesses últimos dias.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

*"Você sabe do outro lado da história de alguém?" (Crônica)

Superando muitas coisas chego ao final da vida trazendo muitas cicatrizes, não só do lado de fora, mas no meu íntimo onde estão as mais doloridas, e que durante anos quase ninguém soube o porque das minhas tristezas e o que me acontecerá.
Na realidade quando sabem muitos franzem a testa ou me julgam por coisas mesmo sem saberem o outro lado da história, poucos se sentaram comigo para me ouvir, e os que ouviram me trataram com desprezo, rejeição ou me julgaram como se eu tivesse culpa do que me aconteceu desde a minha infância, o que me levou a me afastar de tudo e de todos.
Preferi a solidão como companhia a tentar buscar a empatia dos que estavam a minha volta por não compreenderem minha história de vida, o que me causa sofrimento, amargura, dor, tristeza e frustação, se deixassem os pré-julgamentos de lado talvez me entenderiam e isso me corrói.
A vergonha do que me aconteceu desde a infância era tanta que nem mesmo minha mãe soube o que me acontecerá, passaram-se anos até que tivesse coragem de contar a ela do porque suportei tudo longe de todos, por mais que tentasse conviver com as pessoas mais queridas da minha vida.
Ninguém via em meu rosto o horror das minhas lembranças que sempre gritam em minhas noites de pesadelos, acham que meus sumiços era por isso ou aquilo, mas não sabem que era por não suportar as dores que me consumia, já que os julgamentos precede a falta de empatia dos que me cercam.
E a falta de empatia doe e sangra minhas cicatrizes, hoje deixo ao meu lado uma cadeira vazia na espera de que alguém se sente nela e me ouça antes de me julgar ou mesmo que me julgue depois, que saiba me perdoar.
Esta história é real, sei que muitas pessoas estão cheias de cicatrizes, não só as que são visíveis mas as que não se veem e que mesmo assim alguns estão sempre prontos a abri-las com julgamentos por não aceitarem aquilo que não podem ou não querem compreender, infelizmente alguns jamais conseguirão estender as mãos para me ajudar ou abraçar, por possuir cicatrizes como eu, e você?

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

*"Não me deixei perdido em nenhum lugar" (Poema)

Sempre que reflito sobre os muitos momentos da minha vida, questiono sobre as escolhas que tive de fazer nessa trajetória.
Eu sabia que tinha de ir além de mim por mim mesmo e jamais me deixar de lado por quem quer que fosse.
Desde pequeno tentaram me influenciar, porém sempre busquei fazer as coisas que eu queria e não pela influência de quem quer que fosse.
Assim pude entender que quando a gente se apaixona devemos nos doar ao máximo, mesmo aquilo que ainda não tinha construido dentro de mim, seria uma espécie de um jogo onde só eu tinha de entregar tudo e não receber nada.
Durante minha vida vi muitas futilidades sendo feitas por supostamente achar que se amava, por isso busquei viver da forma mais intensa no meu jeito de amar.
Talvez por isso vivi verdadeiras tragédias nos amores mal sucedidos, porque não tinham como me entregar algo já que não tinham nada a ver comigo.
Em muitos "amores" pude perceber que não tinha como construir algo sem ter apoios ou conviver sabendo que nada nos seria acrescentado, não tinha como ser verdadeiro quando nenhum desses "amores" não me ensinavam nada.
Foi assim que criei dentro de mim um amor que deixasse mostrar minha essência, que fosse verdadeiro para que eu pudesse amar alguém que tivesse a mesma essência do meu coração.
Desde então busco dar espaço a melhor versão de mim, aquela que aprendi a construir para que pudesse existir e fosse parte da minha vida com a mesma intensidade no meu jeito de amar.
Pode parecer uma coisa estranha, mas como se doar sem ser verdadeiro? Aprendi na minha vida e ao longo da minha história que se não tivesse me compreendido não teria me ajudado com apoios sólidos para construir em mim os sentimentos que criei.
Porque é um terrível engano quando se diz amar mas não existe o amor, não existem seres apaixonados sem construção individual do que representa amar, e foi graças a esses fatos que não deixei os mil pedaços de mim jogados em qualquer lugar.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

*"Só espinhos" (Poema)

Em muitas noites junto a você no silêncio da estrelas te dei meu coração, não só isso, fui muito mais além, te fiz mulher com muita emoção vivendo plenamente a nossa paixão.
Pensando que tinha o mundo em minhas mãos, te fiz real no meu peito pois não queria viver com você nenhuma ilusão.
Por isto te fiz acreditar em tudo que te dedicava mesmo quando nada parecia ser racional para nós dois, e no nosso sonhar, erámos vencedores mesmo sem estarmos enfrentando nenhuma batalha.
E nesse meu te amar sempre te dei tudo dos meus sentimentos envolto a muitas rosas, porém, um dia acordei e você não estava mais ao meu lado e me sangrando, pois você se foi me deixando apenas os seus espinhos.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

domingo, 4 de agosto de 2024

*"Um mundo desconhecido" (Poema)

Em um certo momento da minha vida eu me lembro que embarquei numa viagem rumo a um mundo desconhecido, em cada lugar que passava fiz grandes descobertas na vida.
Vivi as mais belas e as mais amargas histórias das quais jamais imaginei que um dia iria viver.
Vivi no mundo o que muitos não sabem o que é e nem o que virá, nem mesmo as minhas perguntas eu sabia as respostas que iria encontrar e nem quais teria de responder, mas de uma coisas eu sei, não posso me arrepender de nada.
Quando entrei nesse mundo percebi que sua realidade era muito mais cruel do que eu tinha no meu imaginário, por outro lado tudo era fantástico, foi como se eu participasse de filmes de ficção, de terror, de comédia, de aventuras, de guerra, de amor, romances e paixões de todos os gêneros.
Talvez por isso sem perceber me deixei fragilizar por causa do amor, na verdade essa foi a parte mais difícil da minha viagem, esse sentimento foi o que mais me causou medo, até porque nunca tinha vivido nada com tamanha força como foi com o amor.
Muitas vezes me vi em frente ao espelho à me perguntar; "como pode? Isso não é possível, como pode aflorar um sentimento tão sublime em mim e ao mesmo tempo tão devastador?
Como pode um abraço despretensioso, um pequeno toque, o aroma da pele dela trazida pelo vento, me levar a loucura e a fazer coisas que jamais fiz ou senti? Absolutamente nada me havia preparado para isso.
Fiz tantas perguntas e mais perguntas, e mesmo assim até hoje continuam sem respostas, aliás quando se trata do amor não existe explicações, ou melhor, tem!
Tem o medo, ele simplesmente bate no peito e de repente você percebe que não sabe mais como essa viagem irá terminar, porque todo aquele mundo que você acreditava ser existente quando ela começou, não se pode imaginar como ela será, ainda que seja o mundo em que se vive.
E aquele amor que chega a nos causar medo, com certeza será o mesmo amor ficará marcado para sempre no nosso inconsciente, afinal, essa sim é na verdade uma viagem em um mundo desconhecido.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024