quarta-feira, 21 de agosto de 2024

*"Minhas metades" (Poema)

As vezes não consigo me entender porque eu sou o próprio problema em pessoa, em tudo quase sempre comsigo ser uma incógnita em mim mesmo, na verdade me sinto como um grande ponto de interrogação e muitas vezes nem eu mesmo consigo me decifrar, tem momentos em que choro sem motivos, outras vezes riu mesmo em momentos difíceis, ou seja, por mais que eu tente ainda não consigo me entender.
Por mais que eu não queira me perco dentro de mim mesmo, acho que esse é um dos meus maiores defeitos, até porque eu sempre acho uma forma de fugir daquilo e daqueles que amo, não sei porque prefiro viver recluso no meu mundo obscuro onde nada nem ninguém pode escutar os meus gritos de dor.
Por outro lado por onde passo deixo sempre um pedacinho de mim, com isso aos poucos vou me desfazendo e novamente sinto que vou me perdendo.
Assim a minha vida toda vou seguindo me sentido sozinho trilhando meu caminho sem um rumo certo pelo qual andar, diante de tantos pré-julgamentos me sinto condenado a viver numa prisão perpétua dentro de mim mesmo onde as grades que me cercam é o meu próprio eu, não importa pra onde me vire, sempre dou de cara comigo mesmo.
Me vejo apenas como mais uma criatura querendo se entender, as vezes sonho em ser um pequeno pássaro que sonha com a liberdade ou uma onda que vem e vai deixando marcas na areia que sempre são apagadas pela onda seguinte, sinto que sou tantas coisas ao mesmo tempo que já nem sei ao certo quem realmente eu sou e muito menos pra onde vou.
É por isso que tudo que eu sei é que metade de mim é o que eu sou, e a outra metade? Bem a outra metade só quer ser o que eu nunca fui.

®Jorge Bessa Simões
(Baseado em Texto de Autoria Desconhecida)

®Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

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