Sendo assim, não posso deixar de reconhecer que a vida as vezes é bem dialética e cheia de metafóras, com sorrisos e sofrimentos, não posso me esquecer que um dia sai por uma porta para chegar onde estou agora, tanto que não posso fugir ou fingir sobre muitas coisas e nem me esquecer de nada, até porque tenho a necessidade de me reencontrar a todo instante, é por isso que guardo muitas vidas na minha própria vida.
Há milhares de anos, houve os que escreveram em pergaminhos e deixaram suas memórias em cavernas ou sótãos empoeirados onde quase tudo poderia ter sido esquecido, houve outros que escreveram em calhamaços de papéis seus grandes feitos, e muitos que anotaram suas desilusões em notas de rodapé ou guardanapos de restaurantes; e poucos são os que guardam tudo na memória para se lembrarem somente daquilo que lhes dá prazer.
Hoje em dia muitos organizam suas memórias e lembranças em cadernos ou arquivos espalhados nos computadores ou tablets ou postados pela internet, em CDs, DVDs ou pen drives.
Desta maneira, é por isso que publico minhas memórias que estão guardadas no meu velho coração, mesmo tendo que expor meus defeitos ou minhas qualidade, tanto quanto meus sofrimentos, alegrias ou experiências adquiridas ao longo da minha vida.
Não quero! E jamais pensei ou penso ser exemplo de vida para ninguém, por outro lado sei que alguns se encontrarão nas minhas palavras ou no meu contexto de viver, apesar de que poderá haver críticas ou distorções por má compreensão sobre o que escrevo
Mas uma coisa é certa, cada um de nós escreve a sua própria história ao seu modo, é por isso que constantemente vou tentando organizar minhas memórias para que ao menos eu, não me esqueça de mim.
®Jorge Bessa Simões
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