
Sonhei vendo você caminhando na minha direção, ouvi sua voz, poderia jurar que você me chamou com ternura, mas ao abrir a porta, nada, não havia nada além do sussurrar do vento.
Percebi que não passava de um jovem apaixonado que foi ludibriado pelas falhas emocionais de um insano coração que sonhava com a mera hipótese do amor e com saudade que crescia a cada dia por você.
Fitei o teto do quarto em completa agitação diante da cruel realidade, não podia te ver, tocar e não iríamos mais trocar palavra alguma, essa era a maior prova que meu coração enfrentava, afinal, conheci teu rosto que me inebriou com seu sorriso.
Minha mente torturada por pensamentos inquietantes, era tudo estranho, mas tinha que ser forte e aceitar que entre nós seria impossível estarmos juntos depois da sua partida desta vida, você nunca mais iria olhar para mim e eu teria que aprender a existir sem você, como uma brisa em um dia quente, só me deixou a saudade.
Queria que essa saudade fosse embora, mas você não me ensinou; como te esquecer, deixei que o tempo se encarregasse de cuidar das minhas cicatrizes e secasse as lágrimas que persistiam em cair, mesmo depois de muito tempo continuo a sentir saudades daquilo que não tive de você, de um sonho que ficou num abril distante.
®Jorge Bessa Simões
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