segunda-feira, 27 de novembro de 2023

*"Entre as linhas de um caderno" (Poema)

No tempo em que estou vivendo percebo que tudo está em queda livre, vejo pessoas de olhos fechados e braços cruzados, dessa forma minhas lágrimas deslizam entre as linhas que escrevo e no meu devaneio absurdo apenas suspiro, sei que quase ninguém irá implorar para "Deus" em voz alta por mim.
Abro os olhos enquanto estou caindo pra ver se alguém vem me ajudar antes que toque o chão tumular que me espera, porém me dou conta de que ninguém vai aparecer, ao contrário, tenho a sensação que muitos desejam me ver cair, por consequência nem mesmo minhas experiências de vida irão amortecer minha queda.
Não preciso ver mais nada para saber que ninguém estará por perto ou que estão por ai pensando em mim, aliás é mais fácil me esquecerem, não me importo, percebo que muitos nunca me compreenderam, apenas me aceitaram por conveniência do momento.
Que fazer se nas minhas inspirações busco amar as coisas que voam livres em meus pensamentos, sei que quando morrer irei embora deste mundo sem arrependimentos, espero que de uma certa maneira, diante do que escrevo possa estar deixando ao menos minha marca.
Na minha vida inteira fui marcado pelas palavras denegridas de muitos, ganhei, perdi, amei, odiei, me perdi tantas vezes e me encontrei, e quando quiseram fui encontrado, senti desprezo e poucos foram os momentos de alegrias que me libertaram, tento ser diferente do que já fui e me orgulho de quem sou.
Mesmo que passe um tempo sem publicar minhas poesias ou poemas, eu vou escrevendo e escondendo-as entre as linhas de um caderno que sei, logo será esquecido e quem sabe até jogado fora por aqueles que não irão me compreender.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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