
Porém, as respostas nem sempre são fáceis.
Não consigo compreender o que procuro ou se o que procuro estará na esquina seguinte dessa vida, nem tudo que projeto para o presente poderá acontecer e para o futuro? Bem tudo fica ainda mais incerto, sinto-me frustrado, vejo minha vida fluir por entre meus dedos a cada momento que passa, a solidão está ao meu lado mesmo cercado por tantas pessoas.
Talvez seja culpado, já que as vezes a convivência comigo é difícil, eu mesmo chego a sentir raiva de mim, mas, o que alguns não percebem é que tenho um coração que sonha e gostaria de fazer tantas coisas, entretanto dizem que estou velho, parece que nessa altura da vida querer fazer o que quero não tem o menor direito, então me pergunto: Será que não posso mesmo?
Dizem que as coisas que eu costumava querer antes estão diferentes, hoje não tenho o direito de fazer o que gostaria, aliás, dizem que não mereço mais nada nessa altura da vida.
Pensar que sempre tive minhas prioridades bem definidas e agora ao chegar no tempo final da vida, vejo minhas prioridades ser trocadas por regras ditas por outras pessoas, parece que deixei de ter o direito de priorizar a mim mesmo e a partir de agora tenho que me resignar a viver somente para e pelos outros. Será mesmo que é assim que se resume a minha vida? Será?...
®Jorge Bessa Simões
Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2023
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