domingo, 5 de novembro de 2023

*"No fundo do poço" (Poema)

Quando meu coração quase para e ameça não mais bater, percebo que estou psicológicamente doente e fraco, então fico chafurdando na escuridão desse buraco profundo em que me encontro uma luz que possa brilhar e me mostrar uma saída, e quando isso me acontece significa só uma coisa, cheguei ao fundo do poço.
Nesse momento só tenho uma certeza, as únicas companhias que terei são a solidão, a impotência, o desespero, e o pior, a descrença de todos em mim, minha autoestima fica tão critica que quase nem percebo que não tenho mais para onde descer.
É ai que tento encontrar um momento para despertar, dar a volta por cima, cair na real e não ter autopiedade, embora isso possa me causar uma revolta.
Sim revolta porque fica a impressão que estou rastejando por ajuda quando ninguém está nem ai com a minha situação, preciso acordar para conseguir perceber que mesmo nas minhas fraquezas posso achar uma força imensurável para mudar.
Chega, é hora de arranhar as paredes do fundo do poço e subir, não posso viver na escuridão desse buraco pra sempre.
Talvez esteja onde preciso estar, vivendo o que for preciso viver, mas creio que seja minha obrigação básica não querer continuar no fundo do poço.
Falta muito! Oh se falta. Mas, devagar tenho que tentar sair desse buraco psicológico que estou, que a revolta que agora sinto seja positiva, que ela seja sinônimo de revolução a ponto de me ajudar a fazer mudanças profundas e me lembrar de algo que nunca deveria esquecer; ninguém vale tanto a pena, a ponto de deixar de me querer bem.
Quantas vezes já tropecei, cai, me levantei, e não posso me esquecer de quantas vezes já atingi o fundo do poço, mas foi nesses momentos que encontrei forças para enfrentar minhas lutas, isto sempre foi minha vida, uma luta atrás da outra e é com elas que tenho aprendido a valorizar mais a humildade, o perdão, a simplicidade, a devoção, o cuidado, a fé, o amor e a compreensão que hoje me negam, tudo para buscar o que deve permear minha vida, pois logo vou sair do fundo do poço em que me encontro.
Ah, se vou!!!

®Jorge Luiz Bessa

Velhas Memórias Poéticas. © 2013-2023
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*Foto Arquivo Google Imagens.
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