Um outro fato nesse "filme" chamado vida se mostra como algo relativamente tão curto e para piorar, a vida não comporta “reprises”, quer dizer, não podemos emendar nossos erros, pelo contrário, na maioria das situações que vivemos somos forçados a agir e na maior parte das vezes, agir por impulsos.
Porém nunca estamos preparados para o que virá no instante seguinte, em especial porque nossos atos nos trazem consequências que tendem a determinar nosso futuro.
É por isso que me sinto como se eu fosse um ator convocado para representar uma tragédia (ou comédia), mas, sei lá!
O que eu sei é que nunca fiz um único ensaio, apenas dei uma ligeira e apressada leitura do script da vida, e desde então como que atuando na maioria das vezes nos meus momentos, só fui vivendo.
Por outro lado nunca saberei, se de fato um dia, eu fui levado por alguma intuição ou por alguém que determinou que eu deveria seguir certos sentimentos e se foram as escolhas corretas ou não.
Mas sei de uma coisa, logo estará chegando o meu epílogo nesta vida, sei que não há tempo para que eu faça qualquer verificação do que foi o meu "filme" chamado vida, certo ou errado, tudo aconteceu em virtude do que estava envolvido no momento, e não porque eu já tivesse um roteiro pré determinado para seguir.
Porém vou precisar cuidar mais das minhas emoções e com um carinho muito especial, até porque eu aprendi que a vida não é um filme, ainda que ela tenha tido um começo, um meio e logo irá chegar o meu final, até lá vou vivendo as sequências daquilo que já vivi e o que ainda não vivi.
®Jorge Bessa Simões
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