
Me recordo das profecias, não dos sábios tolos que dizem ver o futuro, mas dos loucos que escrevem no muro, nas teias do sonho remoto, vejo a chama de uma guerra acesa e a fome sentada na mesa e o bêbado com um copo de cachaça na mão, altas ondas vão surgindo no mar, abrem-se os selos de fogo, símbolos do apocalipse que está chegando, onde o mundo irá se acabar um dia.
Estou com um gosto amargo na boca, não da moça que beijei um dia na minha loucura, não que eu seja o homem que das coisas se esquece mesmo quando tudo no mundo e um dá ou desce, certas coisas estão em qualquer profecia.
O mundo irá se acabar com muito fogo e ais, mesmo sendo o mundo dos meus ancestrais, logo irá se acabar essas guerras mortais com aqueles que só querem glórias de um mártir ferido, será como um estrondo e muitos gemidos.
Basta olhar a volta e ver as profecias se cumprindo, o mundo irá se acabar um dia, e talvez, antes de tudo isso acontecer eu me vá com a morte em um dia de abril, talvez, sendo carregado de forma sutil.
®Jorge Bessa Simões
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