quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

*"Quando eu morrer" (Poema)

Quando eu morrer não quero que chorem, mas se chorarem, não chorem até as últimas lágrimas e nem como se o mundo fosse acabar.
Sei que alguns irão no meu velório para se despedir de mim, mas não me digam “adeus” ou “tchau”, digam “até logo” ou “a gente se encontra em breve.”
Quando eu morrer quero que vivam muito, conheçam gente nova, não que alguém vá me substituir, que eu esteja com vocês ainda que em pensamento dando-lhes força e o carinho que costumava lhes dar.
Sabe? Fui muito feliz com vocês, assim se quiserem não apaguem as fotos, em especial aquelas em que estamos juntos, mesmo aquelas que não gostarem.
Quando eu morrer porém, podem rasgar todas aquelas cartas que eu sempre guardei desde a minha mocidade e se quiserem formatem meu computador, mas não deixem de olhar para o céu nas luas cheias se sentirem vontade de desabafar, desabafem, mesmo que seja para nada, me prometam que não irão entrar em nenhum tipo de vícios, tampouco farão loucuras, não gostaria de vê-los sem rumo na vida.
Então por favor, trabalhem e conquistem tudo aquilo que sempre quiseram, mas quando eu morrer não se esqueçam de mim, não se esqueçam de nós, não se esqueçam de nada, não me tirem dos seus corações, pois seja como for, ninguém jamais os amará da mesma maneira que os amei mesmo quando eu morrer.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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