Minhas memórias de criança são cada vez mais diminutas, mas de qualquer forma ainda me recordo que os dias pareciam-me à distância do tempo, e a inocência da infância e a tranquilidade com que vivi em alguns momentos foram tão boas que realmente só consegui ter essa percepção anos depois.
Na altura do tempo que me foge como a areia entre os dedos, a semana voa entre meus afazeres diários, tudo parece ser feito na correria contra o tempo, estou sempre tentando chegar a tudo aquilo que pretendo fazer, mas que não dá mais tempo como parecia-me no tempo em que eu era criança.
As vezes não sobra tempo nem para me achegar as pessoas a quem quero bem e fazer uma pergunta simples, mas tão importante, “Como estás?” ou expressar um sentimento, “Te amo!”.
Não me lembro do tempo correr quando era criança como vejo agora no passar dos meus anos, comparando os dois tempos, o de criança só durou uma fração do tempo, do meu tempo que agora se esvai como areia entre meus dedos.
®Jorge Bessa Simões
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*Foto Arquivo Google Imagens.
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"Vou buscando em versos simples descrever meus sonhos que foram compondo minha vida e que tanto me deu prazer, já que os vivi em todos os sentidos. Tudo foi como uma canção que embalou minha vida onde vivi a carência necessitada, porém tudo me foi saciado, e é nos versos simples da vida que agora preservo as minhas velhas memórias poetizadas." (Jorge Bessa Simões) Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-24 ®Direitos Autorais Reservados.Lei 9.610/98
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