As minhas memórias estão se esvanecendo como fumaça, tudo que me resta é tentar salvá-las escrevendo em palavras o que sinto, enquanto eu estou andando na beira do abismo da minha teimosia em continuar vivendo.
Porém sinto-me enjaulado na miragem de uma sociedade doente onde desde criança eu enfrento a teia do preconceito e da rejeição daqueles que se acham estudiosos e donos da verdade absoluta, entretanto muitos nadam em seus próprios medos.
São como exército de caçadores que correm gulosos atrás de algo que só existe em suas mentes distorcidas, onde se acham no direito de julgar e condenar tudo aquilo que não compreendem, independente dos danos que possam causar a mim ou a quem quer que seja.
Meu coração continua a palpitar franco e salta diante de conquistadores perversos, cegos em suas egolatrias de baixezas onde não suportam o carinho do amor puro e verdadeiro.
Muitas vezes tentam me paralisar com o uso do dedo de acusação como se fosse um punhal tentando obstruir os meus sonhos de querência, e mesmo no silêncio fedorento de suas enfadonhas vidas não se importam com suas ações e atitudes, ações essas que acabam por fazer minhas lágrimas sangrarem.
Será que estão conseguindo minar minhas memórias me fazendo acreditar que não serei lembrado por nada por causa da minha loucura deste devaneio que faz a minha essência negra como as noites sem estrelas? Ou será que como um lobo perdido em labirintos de uma floresta sem fim fico uivando de pena e me rasgando no tormento? Não sei!
®Jorge Bessa Simões
®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98
*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário