sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

*"Anjo de abril" (Poema)

Sinto-me inquieto no meio da madrugada, lembro-me dos meus querer tanto porque eles continuam presentes nos meus pensamentos, reviro minhas memórias no meu sono profundo, e nas lembranças dos meus abril, recordo-me do dia em que vi seu sorriso pela primeira vez e seu olhar buscando o meu.
Quantas vezes busquei uma razão para tudo aquilo que nos aconteceu, gostaria de ter uma resposta lógica, mas que lógica pode haver para nossas perguntas quando se descobre que poderíamos ter nos amado mais?
Recordo-me daquele abril em que você disse que me buscaria um presente, porém partiu da minha vida deixando um enorme vazio, muitos anos depois ainda não compreendo o que aconteceu naquele noite, creio que posso explicar você, que desde o tempo em que nos conhecemos nossa felicidade foi marcante e completa, você se tornou um anjo dos meus abril.
Sua presença me dava calma e paz, mas na nossa juventude como explicar nossos sentimentos? Vibrávamos com a intensidade dos nossos momentos, acreditávamos que o amor existia, porém não o compreendíamos.
Ao nos verem diziam que erámos apaixonados, e como dois amantes vivíamos nossos sonhos, mas nada nos preparou para aquela trágica separação naquele abril.
Você partiu sem ao menos nos dar a chance de nos amar mais, por muito tempo te procurei na minha lucidez e você passou a viver somente em minhas lembranças, quando relembro o que vivemos até aquele abril, lembro-me de ter nos unidos pelo coração, sinto uma gostosa sensação que se embaralham com a minha realidade.
Me recordo que você foi o meu anjo amado, e nessa saudade percebo que a vida é uma incógnita, relembrando você não sei o que é real ou irreal, meus sentimentos nunca mais foram os mesmos, infelizmente a vida quis que você partisse, sei que não posso transpor tudo isso, só me resta viver a minha realidade.
Logo outro abril poderá chegar para mim e com ele me lembrarei dos momentos da minha vida e de você, que se tornou meu anjo de abril dentro desta minha estranha maluques.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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