segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

*"Meu poema longo 2" (Poema)

Aos que acham ser meu poema uma forma de protesto, nada respondo e nem converso, na verdade até desconverso.
Gosto de escrever meus poemas usando versos da maneira que nada fique ao reverso e jamais ao inverso.
Alguns podem achar minhas palavras sem nexo,
Mas no tempo em que vivi tudo era muito complexo já que sequer se podia falar em sexo pois logo vinham os falsos modestos e seus complexos e poucos ousavam como eu fazer algum protesto.
Assim neste meu poema onde abro meu malote, falo dos atos feitos de forma desvairada e fatos sobre mim já consumados, onde tudo aconteceu depois de um golpe, fique bem claro que foi numa época de ditaduras não que seja algo que denuncio já que na história é bem conhecido o seu enredo.
Naquele tempo a vida tinha no dia a dia de ser vivida por mais que tudo para mim fosse uma luta inglória, não importava se eu caminhava sobre a ponte em busca de alguma fonte para aliviar minhas dores, tudo o que alguns faziam para mim era para que eu fosse sempre desacreditado tentando me impedir de seguir em frente.
E o que eu mais esperava era que acontecesse um milagre, mesmo que viesse de fora, de dentro, do centro, de um homem santo que com seu canto quebrasse aquele mal encanto.
Acredito que não vivi uma ilusão perdida, muito embora tenha sentido uma frustração danada numa época em que muitos me davam as costas me deixando e me empurrando para baixo.
E o custo de tudo que me aconteceu na vida teve um preço onde paguei muito alto, já que com essa carência humana minha vida quase sempre foi um desastre enorme, mesmo sendo um menino que buscava sobreviver como um homem forte.
Quase conseguiram destruir minha crença, quase me fizeram perder a fé, eu não acreditava que poderia ter melhor futuro e quantos tenho certeza tinham esse desejo, porém mal algum a eles quero e nem espero.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
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*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

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