segunda-feira, 20 de maio de 2024

*"A maldade do homem" (Poema)

Muitas vezes sinto-me triste, afinal que mundo é este onde tanta dor e morte existe?
Penso tantas e tantas vezes que minha dor é maior que a minha tristeza e sei o quanto não estou enganado, talvez por isso tente fugir da realidade, não gostaria de ver as notícias, nem quero ler os jornais ou revistas, embora engano-me nesta falsa verdade.
Como gostaria que o mundo fosse feito de paz, que a vida dos outros fosse sempre a melhor, que não existisse a violência e maldade, já que o homem sabe muito bem o que faz.
Tomará que a justiça tarda mas não falha, pois estou cansado de ser roubado por essa turba que se assenta no poder achando que tudo pode.
Me sinto ainda pior quando vejo os efeitos da guerra no olhar de uma criança ou na alma de uma mulher, no corpo de um filho carregado por um pai e nos corações de tanta gente que ainda há pouco nasceu, e que mesmo tendo o olhar inocente, não acredita sequer numa vida eterna propiciada por Aquele que veio do céu
Sem querer deixo que a raiva me serre, me corte em pedaços por saber que muitos não dão valor ao Criador que a vida lhes deu, e assim preferem cruzar os braços e não estender as mãos para ajudar seu próximo.
Me pergunto; "Que posso fazer eu, se nesta inutilidade não sou eu só mais um elemento nesta cruzada destrutiva sem fim à vista, que me provoca o calar e o lamento? Porque me resignar a esta sociedade medíocre, se não sou um ser egoísta?"
Não vou valorizar o meu sofrimento, nem posso sentir a dor dos outros com igualdade, mesmo sem entender porque o ser humano é tão injusto neste mundo cruel, por vezes, tão imundo, onde a lei morre e se mata a justiça.
É pelo pecado que o homem se tornou cruel contra seu semelhante, talvez por isso ele prove do seu próprio fel.
E eu ainda me questiono: "Porque tanta maldade há no homem?"

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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