O que me faz lembrar de certa experiência em relação a um quadro branco, embora tivesse uma boa moldura, por estar sujo e mal conservado e com um pequeno pontinho preto na sua tela, melhor seria descartá-lo, mas, o dono deste quadro, resolveu limpá-lo e tentar corrigir suas imperfeições.
Aos poucos o quadro foi ficando bonito, sua moldura recuperada ficará linda e a cor branca voltou a ser realçada, mas, no centro dela restou um pequeno ponto escuro por causa de uma imperfeição no tecido da tela e não foi possível recuperá-lo, mesmo assim, o dono do quadro resolveu pendurá-lo na parede.
Então as pessoas ao visitar a casa do dono daquele quadro quando o viam elogiavam pelo cuidado que teve para recuperá-lo, porém, ao se aproximarem do quadro observando a tela, reparavam aquele pequeno pontinho preto, então passavam a criticar e a desvalorizar o quadro por causa desse defeito, quer dizer...
Não importa o quanto faço para fazer mudanças e ajustes, ou o quanto do meu melhor seja feito para os outros, pois assim como aquela tela com pontinho escuro, alguns só se lembram das minhas imperfeições ou erros do passado.
Alguns não entendem que assim como aquele quadro com aquele pequeno pontinho preto ainda tem seu valor, eu também posso ter meu valor, afinal, tenho imperfeições como qualquer um, e isso faz parte da vida que vivemos hoje. Mas fazer o que?
Quem sabe eu possa ser merecedor algum dia das bênçãos divinas para ver tudo isso ser superado num futuro próximo, até lá, continuo com esse pontinho escuro na tela da minha vida.
®Jorge Bessa Simões
®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98
*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário