*"Minhas manhãs malucas" (Poema)

Ao acordar pela manhã olhei pela janela o mundo la fora, me apaixono pelo brilho da luz do sol, o som dos pássaros e no horizonte vejo um mundo que eu quero descobrir.
Uma paixão pela qual me apaixono todos os dias, porém carrego comigo medos e sonhos, momentos bons e ruins, motivos pelos quais chorar e outros sorrir, sentimentos doloridos e tristezas infindas, reflexo de tudo que já vivi.
Ao abrir a porta saio para a rua, sinto o vento bater em meu rosto, ouço o barulho do vento entre os galhos das arvores, sinto meu corpo quente, meu coração acelera a cada passo que consigo dar no tremendo esforço de sair dos meus medos e angústias que afligem a cada dia.
Trago uma expressão em meu rosto que poderia definir como "neutra" pelas pessoas que passam por mim; nesse momento não sinto o calor do sol, mas vejo seu brilho dele diante de mim.
Creio que muitos irão me chamar de louco, alguns dirão que sou assim por caminhar falando sozinho, mas eu diria; melhor ser louco do que ser frio comigo mesmo e meus sentimentos.
Não importa, ao acordar dei uma risada, daquelas que nem mesmo eu entendi o porque estava rindo, foi quando me veio as lembranças do meu ultimo sono, cenas em minha cabeça onde escrevia sonhos em meus poemas, dançava como se estivesse acompanhado e o pior, acreditava na humanidade, na inocência das pessoas, é, acho que estou ficando louco mesmo, mas ao menos sou um maluco consciente.
Trago comigo tantos pesadelos do passado, sonhos do futuro e a realidade do presente, não tão ruins, mas que me fazem prisioneiro de mim mesmo, por outro lado, sinto que são coisas pela qual eu lutaria para manter minha liberdade de expressão, de ser e fazer o quiser e como gosto, não posso me permitir ser levado por aqueles que se julgam juízes dos outros ou donos da verdade absoluta.
Quem sabe possa vir alguém que se sente ao meu lado, segure minha mão quente e juntos sintamos o vento vindo de encontro aos nossos rostos e nessa minha maluques vou escrever um poema sobre o quão linda pode ser essa vida, ou não! Sei lá?! Vai saber...

®Jorge Bessa Simões

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