Quando eu era jovem ouvia muito dizer que nvelhecer é o único meio de viver muito tempo, a idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.
O tempo passou e agora é 68, quase 70, mas sabe o que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude?
É não havê-las cometido, e agora não posso voltar a cometê-las, mas com os anos que se passaram eu aprendi que envelhecer é passar da paixão para a compaixão.
Aprendi que muitas pessoas não chegam aos setenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta, e lembrar que aos vinte anos reinava em mim o desejo, aos trinta reinava a razão, e só aos quarenta veio o juízo.
Aprendi que o que não era belo aos vinte, forte aos trinta, rico aos quarenta, nem sábio aos cinquenta, nunca será nada disso, porque quando se chega aos quase 70 anos, são poucas as coisas que nos parecem absurdas.
Quando eu era jovem pensava que os velhos eram bobos; e agora aprendo que os velhos sabem que os jovens o são.
Aprendi que a maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que eu usufruía quando era menino, até porque nada passa mais depressa que os anos de nossas vidas.
Quando eu era jovem dizia: “Verás quando eu tiver cinquenta anos”. Eu tive os cinquenta anos e não vi nada daquilo que eu imaginava.
Quando eu era jovem, nos meus olhos ardia a chama de querer viver tudo com muita instensidades, agora aos 68, quase 70 anos, nos meus olhos envelhecidos brilha a luz do que pode vir a frente ou não.
Na minha juventude a iniciativa valia tanto quanto a experiência dos velhos, talvez seja por isso que sempre há um menino em todos os homens, e cada idade lhe cai bem uma conduta diferente.
Quando jovem andava em grupo, já adulto andava em pares e como velho muitas vezes me vejo andando sozinho.
Agora é 68, quase 70, aprendi a ser feliz quando fui jovem e agora posso ser feliz se agir de maneira sábia na minha velhice, afinal, eu desejei chegar à velhice ainda que as vezes nego que tenho chegado, aliás, eu não entendo isso dos anos.
Todavia, foi bom vivê-los, mas não está sendo fácil tê-los, e agora já é 68, quase 70 anos.
®Jorge Bessa Simões
(Baseado em Texto de Autoria Desconhecida)
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"Vou buscando em versos simples descrever meus sonhos que foram compondo minha vida e que tanto me deu prazer, já que os vivi em todos os sentidos. Tudo foi como uma canção que embalou minha vida onde vivi a carência necessitada, porém tudo me foi saciado, e é nos versos simples da vida que agora preservo as minhas velhas memórias poetizadas." (Jorge Bessa Simões) Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-24 ®Direitos Autorais Reservados.Lei 9.610/98
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