quinta-feira, 25 de abril de 2024

*"Mãe, me deste o direito de nascer" (Poema)

No tempo em que estava no seu ventre, mãe, eu sentia o calor do seu amor enquanto você sonhava com meu nascimento e me acarinhava na ânsia da minha espera.
Você mãe, por mim virou o mundo ao avesso e quando se sentia cansada, era o momento que de novo me acariciava para que no seu ventre eu continuasse a sonhar.
Eis que no calor do seu ventre eu adormecia e em sonhos me imaginava em seus braços na busca do meu alimento materno junto a quentura dos seus seios de mulher mãe.
E quando nasci, foi com um anjo em forma de mãe que me deparei, você me recebeu em seu abraço e a partir daquele momento me abrigou em seu coração.
Você cuidava de mim com todo seu carinho, e me daria cada vez mais por toda sua vida seu amor sem fim, porém o tempo passou, muitas coisas mudaram, e o anjo que um dia eu vira num sonho, foi-se embora levada pelo pesadelo da morte.
Restando em mim uma profunda marca que transformou meus sonhos distantes num cruel pesadelo que agora me rasga a alma, e nos dias da sua ausência revivo você a todo instante.
Resta-me a esperança de reencontrá-la no paraíso prometido por nosso Deus, onde creio me trará de novo a alegria na minha vida da mesma forma de quando tu me deste o direito de nascer.

®Jorge Bessa Simões

®Velhas Memórias Poéticas. Copyright © 2013-2024
®Direitos Autorais Reservados. Lei 9.610/98

*Foto Arquivo Google Imagens.
©Todos os direitos reservados/2024
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário