Vou ter que assumir minha vida e meus prováveis acertos sem me esquecer dos graves erros, até minha natureza assumo, meu coração e minha situação, meu ser, minha razão e todas as minhas manias, sem me esquecer das minhas loucuras.
Vou ter que assumir meus devaneios e sonhos, não como alguns gostariam, aliás quem são esses alguns mesmo que querem que eu assuma tudo? De uma coisa é certa e assumo meus pensamentos e ideologias, minhas histórias e anseios, mas minha vida? Bem deixa comigo, ah! assumo minhas poesias e poemas.
Vou ter que assumir algumas palavras que não entendem, acreditar no meu coração, minha canção, na minha doce e triste poesia e os poemas que falam de todas elas que já viveram meus momentos mais pessoais, até meus medos, mesmo os mais obscuros, os meus tormentos, a saudade dos meus adeuses, mas dos adeuses da minha vida? Podem deixar comigo que eu assumo.
Vou ter que assumir o que já fiz ou que possa vir à fazer, o que devo ou não e o que mais quero, porém de forma consciente, a morte embora venha, isso não posso assumir e que fique claro que eu também não há quero, mas ao contrário do que alguns querem, como homem e poeta não posso me lamentar por ser sincero, e isso eu assumo.
Entretanto gostaria de pedir três coisas em face da minha posição, me deixem amar como sempre amei, pois aprendi com Jesus Cristo o que é o amor, assim me respeitem como respeito a todos, me deem a liberdade de me libertar de tudo aquilo que querem para mim e que eu não posso assumir.
®Jorge Bessa Simões
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