quarta-feira, 24 de abril de 2024

*"Prisioneiro de mim mesmo" (Poema)

Sinto-me acorrentado as horas como um prisioneiro infeliz, nesse tempo em que vivo contando os minutos a espera do momento em que terei como companhia solitária o frio túmulo que me espera.
A vida para mim tem sido cada vez mais difícil, por vezes tem beirado o insuportável, tudo o que amei ou busquei amar, perdi, muitas vezes por minha causa e outras porque a morte me tirou aqueles a quem tanto amei.
Tento transformar minha vontade de viver e meus sentimentos numa força voraz na busca dos meus sonhos em muitos momentos da minha vida, cada conquista que vivo são intensos e verdadeiros, porém, sei que logo serei levado nos braços da morte que me espreita.
Nesses últimos momentos tenho me sentido triste, pois o que carrego em meu coração tenho que guardar bem fundo no meu peito, não por covardia, mas por medo de não ser compreendido, já que sei que tudo o que sonho nesse meu viver não será mais realizado.
Sei que serão poucos ou quase ninguém que irá me compreender, por outro lado não sei quanto tempo ainda me resta, tudo que sei é que me dirão; "que direito você tem para sonhar estando tão perto do fim?".
Respondo perguntando; "Que culpa tenho de ter os sentimentos que tenho em meu coração?"
Sinto que meus sonhos tem se transformado em loucuras e ai de novo me pergunto:- "Serão só os loucos que sabem amar?"
Bem se amar é ser alguém louco, então que me perdoem os sãos, quero viver minhas loucuras no pouco tempo que me resta, embora ainda me sinta prisioneiro de mim mesmo.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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