Mas, esse reencontro foi o suficiente para que minhas mãos começassem a suar, o coração palpitou mais forte, senti um frio na barriga como se borboletas se mexessem em meu ser.
Quando te vi no portão vindo ao meu encontro, ah!..., suspirei por alguns segundos, imaginando tudo o que tinha nos acontecido nesses anos todos em que estivemos separados.
Naquele momento foi como eu voltasse a ser o mesmo adolescente de antes, sorri ao me deparar com seus braços abertos a me receber nesse reencontro depois de tantos anos, você que é uma amiga da qual nunca havia me esquecido.
Vi que seus olhos brilharam, e quando nos abraçamos foi como se não tivesse existido tantas décadas de separação de uma linda amizade, senti nesse reencontro que você era o mesmo porto seguro no qual o medo não fazia morada, como num flash, me lembrei de quantas vezes busquei a confiança da sua amizade e o carinho dos seus abraços que me confortavam quando mais precisava, entre nós, não existia o preconceito de que homem e mulher não podiam ser amigos, nós erámos a prova do contrário.
E após tantos anos, esse era nosso primeiro reencontro, vieram as conversas sobre nossas vidas, risos das nossas lembranças e de tudo aquilo que por anos deixamos de nos falar, percebi que o que existiu entre nós, foi uma virgula que separou nossa linha do tempo e com certeza para nós, não houve um ponto final.
Nosso reencontro significa que ainda temos algo em comum, já que mesmo depois de tantos anos, um novo ponto inicial surgiu para a continuação da nossa história de amizade, minha amada amiga, por isso creio que foi bom ter te reencontrado.
®Jorge Bessa Simões
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