sábado, 27 de abril de 2024

*"Dor pungente" (Poema)

Na beira da praia vendo a beleza do céu azul busco a calma para minha dor pungente, vejo o mar revolto a arrastar suas águas borbulhantes até meus pés, fico observando a grandiosidade oceânica atônito diante da minha pequenez humana de vaidades, sinto saudades de todos que estão longe de mim, e assim vou divagando minha vida diante desta imensidão.
Aguardo ansioso estar com todos um dia e como se atravessando as águas do tempo pudesse me achegar com cada um desvendaria os mistérios que a vida não pode me revelar.
Queria poder olhar nos olhos de cada um, afagar seus rostos, pegar em suas mãos e me esquecer por um instante meu desgosto nessas noites e dias a espera desse momento, porém sei que isso não irá acontecer logo, alguns se afastam de mim mesmo que não queira e não sei se para minha vida irão voltar.
Entretanto continuo aqui diante desta imensidão a relembrar dos dias dos meus amores e desse ser que sempre os amou, agora sozinho observo o mar que um dia os molhou ao meu lado.
Logo poderei partir com essa minha dor pungente, talvez até diante desse imenso mar, quem sabe se antes disso nos reencontraremos, senão que seja num futuro paraíso que se fará presente nesta mesma terra onde esse mar voltará a molhar nossos semblantes e curar em essa dor pungente.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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