sexta-feira, 26 de abril de 2024

*"Meu silêncio de ultimamente" (Poema)

De uns anos para cá tenho a consciência de que estou ficando mais silencioso, e isso não é necessariamente mau, tem momentos tipo estar com algumas pessoas que tive a noção de que “estou parando de falar” o tempo todo, em outros momentos só falo se realmente considerar que é o melhor que tenho a fazer, se não mantenho-me em silêncio.
Isso é uma novidade em mim, até porque não era de todo uma pessoa de silêncios, mas estou aprendendo a ouvir mais e falar o menos possível, aprendendo que o silêncio muitas vezes pode ser uma resposta, salvo honrosas exceções, odeio que o sejam, mas fazer o que?.
Para mim falar continua a ser a melhor forma de resolver tudo, sejam coisas boas ou mal resolvidas, por norma, as duas partes ficam melhor, nem que a decisão ou as diretrizes seguintes não sejam do agrado das partes, afinal, alguma luz sai dali.
Embora é o que não acontece com a maioria das discussões onde só sai asneira, mágoa e orgulhos feridos, por isto já não quero mais falar tanto, essa pessoa está deixando de existir, até porque existem assuntos tão pequeninos e pouco relevantes que, se não se der importância, passam rapidamente e sem mácula.
Mas já há outros que, quanto a mim, gostaria de falar e colocar pontos de ordem, três pontinhos ou pontos finais, esses às vezes são necessários, e é isto, silêncios, conversas, discussões, faz com que eu tenha aprendido a viver com tudo e todos a minha volta, assim estou aprendendo a ter tudo em conta, peso e medida na hora certa, afinal, quem é dono da verdade senão um Só.

®Jorge Bessa Simões

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*Foto Arquivo Google Imagens.
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